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quarta-feira, 1 de julho de 2009

Casa da Grená, um património em vias de desaparecer

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Em 1832 um inglês descobre e maravilha-se com a zona envolvente da lagoa das Furnas, aí compra uma grande extensão de terreno para construir uma casa. Esta construção no entanto só aconteceu mais tarde com outro proprietário, o Consul inglês de Ponta Delgada, de seu nome Vines, no ano de 1858.







Aí construiu uma casa e deu início nos terrenos circundantes a um jardim, a esta propriedade deu o nome de Grená, onde vinha passar o verão com a família. Este nome tem haver com a esposa do consul que era sobrinha do politico irlandes Daniel O’Connel que organizou o movimento católico na Irlanda, tendo a senhora passado a juventude em Killarney numa estancia da família cujo nome era Grená, o Consul Vines em agrado á esposa deu esse nome á sua casa de verão na lagoa das Furnas.







Após a morte do consul Vines, esta é cedida em 1874 a um cirurgião de Londres chamado Hinton, que publicou na altura várias obras sobre os orgãos auditivos e higiene. Isto porque D. Catharina após a morte do marido não voltará mais às Furnas. Com a morte do cirurgião Hinton em 1875 a Grená passa para Jorge Brown que a explora como hotel durante o verão durante alguns anos, durante este periodo acolheu alguns viajantes estrangeiros importantes entre os quais a escritora inglesa Alice Backer que escreveu o livro “A Summer in the Azores with a glimpse of Madeira” . Entre outros como alguns que deixaram referências literárias e cientificas sobre as Furnas. Em 1882 a Grená é vendida pelo filho de D. Catharina a Jorge Hayes após a morte de Joege Brown neste ano. Sendo mais tarde alugada por José do Canto enquanto este construia a sua casa do outro lado da lagoa e preparava a sua propiedade e a construção da ermida de Nossa Senhora da Vitória.







Informação tirada do livro de CORRÊA, Marquez de Jacome, Leituras sobre a história do Valle das Furnas, São Miguel, Oficina de Artes Gráficas, 1924.
Actualmente esta casa é pertença da Presidência da Républica e infelizmente o seu estado é o que se pode ver pelas fotos.

2 comentários:

Filipe Franco disse...

Claro que só com a presidência da Republica isto poderia acontecer....sem contar com a Administração Interna

Anónimo disse...

Acho muito interessante terem levantado este assunto que lamentavelmente passa despercebido a muita gente. Apenas uma pequena achega é que a propriedade é da presidência do concelho de ministros e não da presidência da república, tendo sido comprada por Mário Soares aos herdeiros do Dr. urbano de Mendonça Dias com o intuito de aí fazer recepções e funcionar como residência de Verão para as altas individualidades do Estado e visitantes estrangeiros.